Da Redação 30/06/2003 – Nas condições do mercado, hoje, são poucas as chances de o milho conseguir preço razoável:
– A boa colheita da safrinha, praticamente sem perda, aumenta a oferta e derruba os preços antes mesmo da colheita,
– A safrinha entra no mercado no começo de agosto, quando o interesse de compra ainda é pequeno,
– Na boca da safra de verão aumenta a necessidade de liquidez do produtor (nem todos financiam a compra de insumos) e o milho é a mercadoria de troca nesse momento,
– O produtor prefere apostar numa reação nos preços da soja que, além disso, apresenta alta liquidez podendo ””virar dólar”” a qualquer momento.
– Para o próximo ano ainda deve pesar o ””encolhimento”” da suinocultura que ainda não superou a grave crise de mercado que completa um ano,
– A avicultura cresce e pode compensar o recuo do porco, mas os analistas não colocam isto como uma variável em que se pode confiar.
– Contra a boa comercialização de milho pesa ainda a característica da comercialização. O produto depende de parceiro – a agroindústria moageira
– que historicamente pratica o que os técnicos chamam de ””concorrência predatória””, sempre empenhada em achatar os preços e obter a matéria-prima mais barato possível.
As (poucas) chances do milho
Nas condições do mercado, hoje, são poucas as chances de o milho conseguir preço razoável.