Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Avicultura de AL quer volta de leilão da Conab

Segundo Klécio José Santos, presidente da Avisal, retomada dos leilões de milho ajudará criadores que estão enfrentando dificuldades para continuar produzindo.

Redação AI 09/10/2003 – 04h58 – O presidente da Associação dos Avicultores e Suinocultores de Alagoas (Avisal), Klécio José Santos, viajou ontem a Brasília. Ele foi tentar junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a retomada dos leilões de milho. Com isto, espera melhorar o preço para os criadores de aves, que ainda estão enfrentando dificuldades para continuar produzindo.

O preço do grão, que representa 60% do alimento que as granjas utilizam para a engorda do frango, continua alto, embora tenha começado a cair no começo deste semestre, junto com o início da safra nos Estados do Centro-Oeste, de onde vem o milho utilizado pelos produtores para a alimentação das aves.

Mas foi o aumento do preço final do frango que tirou os produtores do vermelho, segundo informa o presidente da Avisal. Klécio Santos explica que o vilão que tem mantido o preço da saca do milho em alta é o frete pago pelo transporte do grão das regiões produtoras até Alagoas. “O frete encarece tanto que o custo da saca passa a valer mais que o dobro do preço original”, diz. Com isto, os produtores saíram do vermelho, mas não conseguem ter lucro. Os custos de produção estão praticamente empatados com o preço final do produto.

Não vai ser a primeira vez que produtores alagoanos vão a Brasília reivindicar apoio do governo federal para a avicultura. Este ano, o presidente da Avisal já esteve com o ministro Roberto Rodrigues, a quem entregou um documento pedindo a adoção de providências capazes de minimizar as dificuldades enfrentadas pelo setor. Uma das medidas solicitadas foi o incentivo ao plantio de grãos no Estado e a volta dos leilões, reivindicação que será repetida na nova viagem a Brasília.

A Avisal congrega, atualmente, 80 produtores de aves. A produção no Estado é insuficiente para abastecer o mercado interno, correspondendo a 60% do consumo, o que gera, ainda, a necessidade de importação dos 40% restantes.