Redação (24/09/07) – Já começam a refletir na Bahia os efeitos da utilização do milho para a produção de etanol nos Estados Unidos. Os contratos foram fechados a US$10 a saca, valor considerado muito bom pelo mercado e a entrega do produto é para maio de 2008. Essa é a primeira exportação de milho do estado, segundo economista e corretor de commodities Raimundo Santos, de Luís Eduardo Magalhães. "Os Estados Unidos são disparados o primeiro exportador mundial de milho. No ano passado, exportaram 80 milhões de toneladas. Por causa disso, os preços do mercado internacional não eram atrativos ao Brasil", afirma o economista.
Nesta safra, o Oeste da Bahia produziu 1,2 mil toneladas de milho, de acordo com os dados da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). "O milho que produzimos aqui tem como principal destino os estados do Nordeste. Enfrentamos alguns entraves ao crescimento da produção e à comercialização, como os problemas crônicos de logística e a falta de mecanismos governamentais de regulação de preços que coloquem a Bahia em paridade com os estados do Centro Oeste, por exemplo", afirma o diretor executivo da Aiba, Alex Rasia.Segundo Rasia, ainda é cedo para dizer com precisão se a mudança no mercado mundial vai aumentar a área plantada de milho na Bahia, mas pode ser um estímulo à intenção de plantio.