Os financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para indústria de cana do Brasil deverão cair 13 por cento neste ano, para 6 bilhões de reais, após um salto em 2013, em um momento em que o setor não tem grandes desafios de expansão da área cultivada.
“Em 2014 imaginamos que devemos desembolsar 6 bilhões de reais, dentro dos patamares de desembolso do setor nos últimos anos. 2013 é que foi um ano muito bom, 2014 vai ser um ano bom, é ainda um nível muito importante”, disse à Reuters nesta terça-feira o gerente do Departamento de Biocombustíveis (Debio) do BNDES, Artur Yabe.
Historicamente, o BNDES responde por 40 a 50 por cento dos financiamentos da indústria brasileira de cana, que lidera a produção e exportação global de açúcar e está em segundo na produção de etanol, atrás apenas dos Estados Unidos.
Do total desembolsado no ano passado, 2,1 bilhões de reais foram aplicados na área agrícola, quase o dobro do registrado em 2012.
Os investimentos no campo foram realizados com o apoio do governo –preocupado com fraco crescimento da produção de etanol em 2012–, com o objetivo de reduzir a capacidade ociosa da indústria de cerca de 30 por cento em anos recentes.
Com os investimentos em canaviais, essa ociosidade já não existe mais.