Novembro começou com tempo firme em todo o Estado, com céu limpo, sol forte e temperatura máxima na casa dos 35 graus. No fim de semana, uma nova frente fria chegou ao Sudeste, trazendo chuva para São Paulo.
Apenas em Garça, Ilha Solteira, Jaboticabal e Taubaté, a deficiência hídrica foi elevada, resultado do baixo volume de chuva, associado a taxas de evapotranspiração acima de 4 milímetros por dia. Mas na média geral a umidade do solo manteve-se inalterada, com reservas de água no solo em torno de 75% da capacidade máxima de armazenamento.
Esta condição é excelente para o desenvolvimento inicial das lavouras de milho, feijão e soja semeadas recentemente. O nível de umidade também favorece o tráfego de máquinas, com risco mínimo de compactação do solo. O zoneamento agrícola recomenda a semeadura para a maior parte do Estado até dezembro, mas para obtenção de boa produtividade com mínimo risco de perda na safrinha é indicado antecipar a semeadura de culturas anuais.
Os níveis de umidade também favorecem o desenvolvimento de pastagens e canaviais já colhidos. Nos canaviais que ainda aguardam a colheita, a situação ainda não foi normalizada, apesar do tempo firme e quente.
Para o setor de mandioca e fécula, a situação é semelhante, com melhoria nas condições para a colheita, mas ainda insuficiente para reverter o atraso na safra e os efeitos no mercado do produto. Com a redução na oferta por causa da chuva, o preço da mandioca subiu quase 24% em outubro.
Florada
Nos cafezais de Franca, Espírito Santo do Pinhal e São José do Rio Pardo, a chuva do fim de semana eliminou o risco de abortamento de flores por causa da seca, tranquilizando os produtores. Como a florada já teve início em praticamente todo o Estado, é importante que a chuva mantenha a regularidade para assegurar o pegamento das flores.
A colheita prosseguiu em melhores condições nos bananais de Registro e Juquiá; nos pomares de pêssego em Jundiaí e Valinhos e de laranja de Matão, Botucatu e Itápolis; nas parreiras de Jales e Fernandópolis; e nos seringais de São José do Rio Preto e Votuporanga.
*Fábio Marin é pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária. Para mais informações sobre tempo e clima, acesse www.agritempo.gov.br