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Soja

Bolsa de Chicago

Fundamentos são firmes, mas cenário econômico ainda pode provocar surpresas na cotação da soja, diz Agência Rural.

Bolsa de Chicago

A pausa que a soja fez para respirar nos primeiros dias de outubro foi curta e grossa. Depois de sentir a pressão de um movimento de realização de lucros relâmpago dos fundos de investimento, a oleaginosa negociada na Bolsa de Chicago voltou a ser alvo do capital especulativo e, na primeira quinzena do mês, já estava novamente operando com fortes ganhos, limite de alta e cotações na busca de US$ 12 por bushel, patamar psicológico que até chegou a ser alcançado na máxima do pregão noturno de sexta-feira (15), quando o novembro/10 bateu em US$ 1204,25. Tratou-se do maior valor para um contrato de primeira posição desde 13 de agosto de 2009, dia em que a soja iniciou um processo de perdas pesadas, provocadas pelas incertezas quanto à capacidade de recuperação da economia mundial.

É do cenário econômico, aliás, que podem vir as maiores surpresas para as cotações da soja nos próximos dias, já que, no palco fundamental, o horizonte continua sem nuvens. Graças às sólidas exportações norte-americanas, ao apertado quadro de oferta e demanda nos EUA e às dúvidas quanto à atuação da La Niña nas lavouras da América do Sul.