O chefe de pesquisa em commodities do Goldman Sachs, Jeffrey Currie, afirmou ontem (03/11) esperar que a soja corresponda à “maior parte” do crescimento da demanda global por grãos nos próximos anos, por causa do aumento da demanda por carnes. Ele acredita que o Brasil é o país que tem maior potencial para expandir a produção.
Os Estados Unidos, a China, o Brasil e a Argentina produzem cerca de 95% da soja de todo o mundo, mas Currie avalia que o Brasil é o país que tem maior potencial para aumentar a produção. “O Brasil é a grande potência global para elevação da oferta mundial de commodities”, disse. “O principal problema no Brasil é a infraestrutura; a capacidade das terras não produtivas.”
Nos corredores da Conferência para Segurança Alimentar, em Londres, Currie disse que a expectativa é de que o crescimento anual da demanda por soja seja de 3,5%, ante 2,5% para o milho e 1% para o trigo. “A produtividade não pode mais atender à demanda. Teremos de expandir a área plantada”, observou. Segundo ele, a utilização de grãos para alimentação animal será o principal fator de aumento da demanda e a soja é a maior fonte de proteína para produção de carnes.
A projeção para 12 meses do banco referente aos preços futuros de soja dos Estados Unidos é de níveis próximos a US$ 10 por bushel.