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Chuva atrasa colheita do que restou da safra

<p>Depois da seca, agora são as precipitações que representam risco à cultura de soja no RS.</p>

Da Redação 18/05/2005 – A umidade nas lavouras de soja prontas para colheita, devido ao excesso de chuva, preocupa agrônomos e pode prejudicar ainda mais a qualidade do grão e a produção gaúcha. No Rio Grande do Sul, 91% da área plantada já deveria estar colhida. Devido às condições climáticas, ainda faltam 14%.

Por causa da seca no verão, o Rio Grande do Sul teve queda de rendimento na cultura de 72% e vai deixar de colher 5,9 milhões de toneladas. A estiagem interferiu também na qualidade dos grãos, que se apresentaram defeituosos, esverdeados, pequenos e com menor teor de óleo.

Conforme Aurelino Dutra de Farias, assistente técnico estadual de soja da Emater, embora não haja informações sobre os prejuízos, há tendência de deterioração do grão. O solo molhado impede a utilização da colheitadeira, e o grão corre o risco de apodrecer dentro da vagem.

Como a previsão é de uma semana chuvosa, as precipitações em maio devem ultrapassar a média do mês nas Missões, que é de 171 milímetros. Até a segunda, dia 16, havia chovido 163 milímetros em São Luiz Gonzaga, conforme a Central de Meteorologia da RBS.

Em Santo Ângelo, 65% da área cultivada com soja já foi colhida. A quebra média na produtividade, devido à estiagem, é de 90%. A chuva provocou também a maturação não uniforme da planta, conforme Álvaro Rodrigues, agrônomo da Emater do município.