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Clima favorece colheita de soja e milho em SP

Lavouras estão em maturação, fase em que o tempo seco eleva a eficiência dos trabalhos de campo.

Redação (04/03/2009)- Fevereiro terminou com tempo típico do verão no Estado, com calor intenso e chuvas localizadas. Após começar com temperatura amena, o mês terminou com máxima acima dos 35 graus em Barretos, Campinas, Ilha Solteira, Presidente Prudente e Votuporanga, e mínima entre 20 e 22 graus na maioria das localidades.

Houve chuva intensa em Ilha Solteira, com 138 milímetros, e em Campinas, Iguape e São Carlos, com mais de 50 milímetros, prejudicando estradas rurais e causando erosão nas áreas sem proteção. Nas demais localidades, a chuva foi maior que a taxa de evapotranspiração – entre 3,5 e 4 milímetros/dia -, com pequena deficiência hídrica em Jaboticabal, Jaú e Sorocaba.

O armazenamento hídrico dos solos caiu, mas manteve-se acima de 75% da capacidade máxima no Estado. A umidade do solo é suficiente para atender à demanda hídrica de pastagens e canaviais.

As lavouras de soja e milho foram beneficiadas pelo clima e a maioria delas já entrou em maturação, fase em que o tempo seco eleva a eficiência dos trabalhos de campo.

Colheita

Em Avaré, Itapeva e Itapetininga a redução da chuva acelerou a colheita, e os produtores aproveitaram os preços do começo da safra.

O tempo também favoreceu a secagem e a colheita do girassol em Tupã e Bariri; do amendoim em Jaboticabal, Sertãozinho e Taquaritinga; do feijão em Capão Bonito, Itaí e Itapeva, e do caqui em Mogi das Cruzes.

Foi possível semear o amendoim da seca em Tupã, Iacri e Pompeia e plantar tomate em Sumaré, Mogi-Guaçu e Ribeirão Branco e morango em Atibaia e Monte Alegre do Sul.

Onde a colheita já foi realizada, a umidade do solo favorece a semeadura do milho safrinha, mas a cultura deve ser semeada rapidamente, já que o Zoneamento Agrícola recomenda a operação até a primeira semana de março. Outra opção para a safrinha é o sorgo, mais resistente à seca e com menor risco de perda.

O sol e o tempo seco permitiram a realização de tratos fitossanitários nos cafezais de São José do Rio Pardo, Garça e Franca; nas parreiras de Jales e Fernandópolis; nos pomares de laranja de Matão, Araraquara e São Carlos e nos bananais de Registro e Juquiá.

*Fábio Marin é pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária. Para mais informações sobre tempo e clima, acesse www.agritempo.gov.br .