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Clima nos EUA melhora, e grãos caem em Chicago

<p>Em junho, graças aos danos provocados pelas chuvas em áreas do Meio-Oeste, as cotações do grãos subiram em meio a um cenário de demanda internacional aquecida.</p>

Redação (16/07/2008)- Novas previsões meteorológicas favoráveis ao desenvolvimento das lavouras em regiões produtoras do Meio-Oeste americano, sobretudo nos Estados de Nebraska e Iowa – este último sofreu com fortes chuvas e inundações em junho – voltaram a provocar a queda das cotações de soja, milho e trigo ontem na bolsa de Chicago. 

Em dia de mudanças de contratos, os futuros da soja para setembro (que assumiram a segunda posição de entrega naquele mercado, normalmente a de maior liquidez) fecharam a US$ 15,28 por bushel, em baixa de 40,50 centavos de dólar. Os papéis do milho caíram 15,50 centavos de dólar, para US$ 6,6675 por bushel, enquanto os do trigo recuaram 7,50 centavos de dólar, para US$ 8,3475 por bushel. Para milho e trigo, a segunda posição passou a ser o dezembro. 

"As condições para a safra [americana] estão melhorando", disse Dave Marshall, do Toay Commodity Futures Group, de Illinois, à agência Bloomberg. Em junho, graças aos danos provocados pelas chuvas em áreas do Meio-Oeste, as cotações do grãos subiram em meio a um cenário de demanda internacional aquecida, especialmente nos países emergentes, e estoques magros, nos Estados Unidos e no mundo. 

As recentes retrações das cotações dessas três commodities, as agrícolas mais negociadas nas bolsas, reduziram as valorizações acumuladas no mercado. Cálculos do Valor Data mostram que os contratos de segunda posição da soja passaram a registrar altas de 25,84% este ano e de 65,77% nos últimos doze meses. No caso do milho, os ganhos "caíram" para 42,85% e 87,95%, respectivamente, enquanto no mercado de milho 2008 passou a apontar queda de 6,52%, ao passo que em 12 meses ainda há alta de 34,47%. 

Nesta época do ano, é normal que a atenção dos traders americanos se detenha nas variações climáticas do país, numa tendência que ainda perdurará nas próximas semanas. Como dizem os analistas, é um período de "compra e venda de chuva", não de grãos.