O preço mínimo de garantia do milho foi mantido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), segundo informação do secretário adjunto de Política Agrícola, Gilson Bittencourt, do Ministério da Fazenda. “Existiu discussão forte entre os ministérios da Agricultura e da Fazenda e se entendeu que, neste momento, o melhor seria manter o preço do milho”, afirmou.
O Ministério da Fazenda queria claramente que o preço fosse reduzido, mas deixou as portas abertas para que a Agricultura apresentasse argumentos para que não houvesse alteração. De acordo com Bittencourt, a expectativa da Agricultura é a de que com o início dos leilões de comercialização realizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) haverá um equilíbrio dos preços. “Na prática, em relação ao milho, a expectativa é esperar um pouco para ver os desdobramentos desse processo”, afirmou Bittencourt. Ele salientou que a Fazenda acatou a avaliação da Agricultura porque espera-se uma reação dos preços com as operações.
Qualquer alteração determinada hoje pelo CMN só valeria a partir da próxima safra ou da próxima data prevista de alteração de preço mínimo de garantia. Em última instância, segundo o secretário adjunto, poderá haver alterações no preço do milho até dezembro deste ano. “Mas quanto mais tarde pior, pois há o comprometimento do agricultor com a sua produção”, relatou.
Bittencourt explicou ainda que não ficou definido um prazo para verificar o comportamento dos preços do mercado. “Só faremos monitoramento”, resumiu. De acordo com ele, o preço mínimo do milho é de R$ 13,98 a saca em Mato Grosso, R$ 17,46 no Sul e de R$ 19,02 no Nordeste. Ele afirmou que, não necessariamente, os preços de mercado terão de chegar a esses níveis para o governo considerar se estão em valor adequado.