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Colheita de soja e milho avança lentamente no Rio Grande do Sul

Fazenda de soja em Estância da Gruta (RS) inundada — Foto: Antonio Quinto Di Cameli
Fazenda de soja em Estância da Gruta (RS) inundada — Foto: Antonio Quinto Di Cameli

A colheita de soja no Rio Grande do Sul avançou 3% em relação à semana anterior, atingindo 94% da área cultivada, conforme a Emater-RS.

Ainda restam 6% das lavouras em fase de maturação. As áreas não colhidas concentram-se na metade sul do Estado, onde as chuvas inviabilizaram a colheita no extremo sul.

Na região da Campanha, alguns períodos de sol permitiram que poucos produtores acessassem as lavouras de melhor drenagem, mas a alta umidade dos grãos e a presença de grãos avariados dificultam o processo.

Além disso, a baixa estatura das plantas e a instabilidade do solo comprometem a colheita, especialmente em áreas com plantio convencional.

Milho

A colheita de milho avançou apenas 1% em relação à semana anterior, atingindo 93% da área cultivada. Restam ainda 6% das lavouras em maturação e 1% em enchimento de grãos.

A umidade e a nebulosidade dificultam a colheita, resultando em danos qualitativos nas regiões da Serra, Campos de Cima da Serra, Central e Campanha. Fungos, micotoxinas e germinação na espiga são problemas relatados.


A colheita para silagem prosseguiu nas regiões menos afetadas pelas chuvas, como o Planalto Médio, mas as lavouras remanescentes apresentam redução na produtividade de massa seca e grãos devido ao tombamento de plantas e atraso na colheita.

Na região de Bagé, ainda restam 130 hectares de milho silagem a serem colhidos, com queda de produtividade devido a chuvas e geadas.

Em Aceguá, metade da área plantada sofreu perdas de 30%, enquanto em Hulha Negra a quebra foi de 40%.

Em Lajeado, houve perda de material ensilado por enxurradas, e em Travesseiro, 5,5 mil toneladas de produto armazenado foram perdidas.

A colheita de arroz prosseguiu nos períodos de clima favorável, aproximando-se do fim. Na região de Bagé, restam 9 mil hectares a serem colhidos.

Em São Borja, produtores enfrentam o risco de alagamento pelo Rio Uruguai. Em Maçambará, a colheita foi concluída com produtividade média de 7.523 quilos por hectare.

Em Quaraí, as produtividades ficaram abaixo das expectativas iniciais, mas os preços elevados do arroz animam os produtores.

A colheita do feijão de segunda safra avançou no Noroeste do Estado, mas a qualidade do produto colhido foi baixa, com grãos brotados e manchados.

A Emater-RS estima que 73% das lavouras foram colhidas, mas as áreas restantes sofrem com o prolongado período chuvoso, que causou severas perdas na área foliar.