Redação (18/02/2009)- Deu gosto de olhar a lavoura de milho do seu Miguel Barros, que espera colher cem mil sacas na propriedade de 700 hectares no município de Itapetininga, sudoeste do Estado de São Paulo. O preço que ele recebe hoje pela saca do cereal é um estimulo para que toda a produção vá para o mercado sem precisar ser armazenada.
“Eu estou colhendo e vendendo direto. Eu acho que hoje compensa vender. Se o preço abaixar mais eu começo a esperar um pouco”, disse seu Miguel.
O otimismo dos produtores paulistas se deve à situações extremas, como excesso de chuva em Santa Catarina e seca no Rio Grande do Sul. O seu Nelson Nunes, que também planta em Itapetininga, está cauteloso. No início do plantio, em 2008, com a alta do petróleo, o produtor comprou combustíveis e fertilizantes mais caros, o que elevou o custo da produção. Mesmo assim, ele vai conseguir colher a mesma quantidade da safra passada.
“Na safra 2007/2008 o custo foi barato e vendemos bem mais caro. Então, tivemos um bom lucro e deu para ganhar bem. Agora, o custo desse já foi caro e o preço não está tão bom, mas está dando para trabalhar”, concluiu seu Nelson.