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Colheita do milho em MT injeta 11 mi/t no mercado

A colheita do milho segunda safra, em Mato Grosso, atingiu 56,6% da área total de 3 milhões de hectares semeados na safra 2012/13.

Colheita do milho em MT injeta 11 mi/t no mercado

A colheita do milho segunda safra, em Mato Grosso, atingiu 56,6% da área total de 3 milhões de hectares semeados na safra 2012/13. Com esse volume, o Estado já injetou no mercado mais de 11 milhões de toneladas do novo ciclo, o que pressiona ainda mais as cotações. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) projeta uma produção total de 17,37 milhões de toneladas, que se confirmada implicará em alta de 11,5% sobre a safra anterior de 15,58 milhões, até então recorde no Estado.

Como destaca o Boletim do Milho, divulgado ontem pelo Imea, a colheita registrou na semana passada uma evolução de 17,1 pontos percentuais (p.p.) sobre a semana anterior, o maior avanço desta safra. Em relação ao mesmo período do ano passado, o atraso é de 9,61 p.p.

Com o rápido avanço da colheita e falta de estrutura para armazenagem, muitos produtores estão estocando em silos-bolsas, e outros, ainda, armazenando a céu aberto. “O problema de armazenagem se agrava a cada dia, em decorrência do avanço da colheita, e os baixos preços do milho que desestimulam os negócios, podem frear o ritmo acelerado da colheita no Estado, sobretudo, na região médio norte, obrigando os produtores a permanecer com o milho nas lavouras por mais tempo”, aponta o Boletim.

O destaque desse levantamento é a região médio norte, que concentra mais da metade da área do Estado, 53%, e já possui 67,9% da área concluída, com produtividade ponderada sobre a área colhida de 110 sacas por hectare (sc/há), frente à média de 100 sc/ha de Mato Grosso. Nessa região, alguns municípios se apresentam ainda mais adiantados, como Lucas do Rio Verde, com 80%. Com isso, a região se destaca perante as outras, sobretudo, a região centro sul que apresenta os volumes de colheita mais atrasados do Estado, 37,8%.

MERCADO INTERNO – O mercado do milho mato-grossense continua andando a passos lentos, com preços indicados pelos compradores abaixo dos pedidos pelos produtores, e na maior parte das vezes abaixo até mesmo do custo de produção, freando o ritmo das negociações.