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Colheita não derruba preço

Safra de verão já é colhida, mas oferta ainda é pequena e não altera a cotação do produto.

Da Redação 31/03/2003 – A colheita está em andamento nas principais regiões produtoras do Estado, mas em ritmo lento. Até agora, pouco mais de 30% da área de milho relativo à safra de verão foi colhida, o que significa baixa oferta de produto ao mercado consumidor, que se apresenta comprador em decorrência da escassez verificada ao longo do ano passado. Por causa disso, as cotações seguem elevadas, variando de R$ 19,00 a R$ 21,00 em Goiás.

De acordo com o presidente da Cooperativa Mista dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano, Antônio Chavaglia, a colheita do milho foi desacelerada nos últimos dias, porque a prioridade agora é a soja. Como o tempo tem se mostrado chuvoso e o milho pode ficar mais tempo na palha, os produtores e armazenadores voltaram sua atenção para a soja, cuja colheita já chega a mais de 40% da área total do Estado. Segundo Chavaglia, a colheita de milho continuará lenta nos próximos 15 dias, o que significa oferta apertada e preços, no mínimo, iguais aos registrados esta semana.

Perspectivas
O presidente da Comigo diz ser difícil fazer um diagnóstico correto sobre o comportamento do preço do milho nos próximos meses. Na sua opinião, até a colheita da safrinha, que deverá terminar em julho, as cotações devem permanecer nos atuais níveis. Daí por diante, será preciso avaliar uma série de fatores que poderão influenciar o mercado.

Para os meses finais do ano e princípio de 2004, a tendência é o preço se manter em níveis elevados, mas sem espaço para grandes altas. No ano passado, o pico de preço foi atingido em dezembro de 2002, quando a saca chegou a R$ 26,00. Chavaglia argumenta que é preciso levar em consideração o panorama dos segmentos de suínos e de aves este ano. É que, com a escassez de milho em 2002, muitos criadores reduziram plantéis ou deixaram a atividade. “Será que esses plantéis serão repostos?”, indaga ele. Outro aspecto: não se sabe ao certo qual o tamanho do estoque em poder das indústrias e ainda há a possibilidade de haver importação, que se tornará competitiva se houver queda do dólar frente ao real.