Da Redação 12/12/2003 – 09h03 – A safra de grãos 2003/2004 será de 129,69 milhões de toneladas, um acréscimo de 5,5% sobre a colheita anterior (122,96 milhões de toneladas), anunciou hoje (11/12) o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues. Os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) foram levantados entre 23 e 28 de novembro, em 560 municípios das principais regiões produtoras do País. A confirmação da segunda estimativa de plantio, no entanto, ainda depende de condições climáticas.
O aumento da área plantada responde, em parte, pelo crescimento da safra. A pesquisa mostra que a área a ser cultivada será 6% maior que a anterior, chegando a 46,6 milhões de hectares. Além do incremento da área cultivada, outro fator está por trás da projeção de uma nova safra recorde: a profissionalização da agricultura, com o emprego cada vez maior de tecnologia nas lavouras.
Pelo quinto ano consecutivo, a soja terá produção recorde: 58,76 milhões de toneladas, um acréscimo de 12,9% sobre a anterior (52 milhões de toneladas). Destaque para Mato Grosso, maior produtor nacional do grão. O Estado terá um acréscimo de quase 800 mil hectares cultivados com soja, totalizando 5,21 milhões de hectares (variação de 18%).
Para o milho, a previsão é que o País colha 32,64 milhões de toneladas do grão, o que vai representar uma redução de 6,1% sobre a produção anterior (34,77 milhões de toneladas). Os baixos preços da comercialização do grão e a atratividade do preço da soja favoreceram esta redução. Apesar disso, o ministro garante que não haverá problema de abastecimento, pois o estoque de passagem de milho é de 5,8 milhões de toneladas.
Armazenagem
Para solucionar o problema da armazenagem da safra, Roberto Rodrigues destacou que a Conab está realizando o recredenciando das unidades armazenadoras. “Esperamos conseguir solucionar, antes do início da colheita da safra, as restrições técnicas da maior parte desses armazéns”, disse o presidente da Conab, Luís Carlos Guedes Pinto. Outra ação da empresa é o alfandegamento das unidades, permitindo que a exportação seja feita diretamente de alguns armazéns estrategicamente localizados, como é o caso da unidade de Ponta Grossa (PR). “O aumento da área plantada, somado ao maior uso de fertilizantes e a compra de máquinas agrícolas, mostra confiança do produtor na atividade”, afirmou Roberto Rodrigues.