Redação (22/01/2009)- De acordo com diretor de Comercialização e Abastecimento do Mapa, José Maria dos Anjos, para a safra 2008/09 a conjuntura internacional determinará o tamanho da ajuda aos grãos, que na última safra ficou concentrada no milho e no trigo por conta da colheita recorde e da pressão sobre os preços. A primeira safra de milho 2008/09 foi atingida pela seca nos Estados do Sul, Mato Grosso do Sul e São Paulo e virá menor do que o esperado, o que tem sustentado os preços do grão neste período pré-colheita.
Para a safrinha, que começa ser cultivada no fim deste mês tanto no Paraná quanto no Mato Grosso – os dois maiores produtores do grão na segunda safra, com 60% da produção total – o cenário é distinto. A alta dos preços animou os paranaenses e a expectativa é de que repitam a área plantada no ano passado, e consigam recuperar os prejuízos neste verão. Já os mato-grossenses alegam que os insumos seguem caros, o que deve resultará em queda de 30% na área plantada, e do menor uso de tecnologia.
Para José Maria, é preciso aguardar para ver como será de fato o plantio. "O produtor muda de ideia muito rapidamente, o que é muito bom. No caso do milho dois fatores estão contribuindo para sustentar os preços: a quebra de safra no Sul e um aumento das exportações", diz. Segundo ele, se o Brasil exportar as 8 milhões de toneladas previstas para este ano, o excedente de oferta de milho no mercado interno não será tão grande a ponto de pressionar as cotações. No caso do trigo, os preços a partir de março serão determinantes.