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Cooperativa pretende incentivar o plantio de soja convencional em MT

Intenção, segundo diretor da entidade, é ter a estratégia definida até novembro.

A Cooperativa de Desenvolvimento Agrícola (Coodeagri), de Mato Grosso, avalia a possibilidade de ampliar o cultivo de soja convencional entre seus associados. De acordo com o diretor comercial da entidade, José Henrique Hasse, a expectativa é definir uma estratégia em novembro.

Atualmente, a Coodeagri tem cerca de 80 associados ativos, que plantam juntos uma área de 100 mil hectares, informa o diretor. Cinco plantam apenas soja convencional, o equivalente a 10,4 mil hectares. A possibilidade de aumento no cultivo de variedades não modificadas começou a ser discutida neste mês.

“Conseguir 100% de plantio convencional entre os nossos cooperados é uma possibilidade, mas acho difícil acontecer. A gente fomenta que se plante, mas ainda há quem precise plantar transgênico e se a oferta de convencional sobe muito, o prêmio fica menor”, explica José Henrique Hasse, lembrando que a viabilidade do negócio também depende da estrutura do produtor para segregar o grão.

Vista como nicho de mercado com o avanço no cultivo de transgênicos nos últimos anos, a soja convencional tem como principal diferencial o prêmio sobre o preço de comercialização. Segundo representantes do setor, na safra passada, o prêmio estava em US$ 3 por saca de 60 quilos. A expectativa é de que chegue a US$ 4 por saca na safra nova.

Segundo Hasse, na safra 2012/2013, foram colhidas 6 milhões de toneladas de soja convencional no estado. A expectativa para safra é manter esse volume por causa da dificuldade relacionadas à oferta de sementes.

A comercialização antecipada está em 22%, bem abaixo do ciclo anterior, quando estava em 45%, explica o diretor da cooperativa. “Por causa da logística ruim, o comprador não consegue travar o frete e não travando esse custo, evita comprar.”

De acordo com o diretor da Coodeagri, o mercado europeu é um dos principais pontos de demanda. José Henrique Hasse acredita também que há procura por parte da China. No entanto, a negociação neste caso é mais difícil, segundo ele, porque “o chinês ainda faz de conta que não tem prêmio”.