Redação (26/02/07) – Os preços médios no mercado do Centro-Oeste se mantêm em torno de R$ 28,00 a saca, valor que se aproxima da paridade do mercado externo, cuja cotação está em US$ 8,00 por bushel (27,21 quilos) na bolsa de Chicago.
O mais interessante é que o preço da soja tem se mantido firme mesmo com o início da safra brasileira, avaliada em 56 milhões de toneladas este ano. Em geral, quando o produto começa a ser colhido, a tendência é o preço cair, mas na atual temporada, por causa da menor disponibilidade de produto no mercado internacional, os valores se mantêm firmes. A área plantada no Brasil este ano é 10% menor, mas a produtividade vai compensar a queda e a produção chegará a 56 milhões de toneladas este ano contra 53 milhões de toneladas no ano anterior.
Fatores positivos
Um dos fatores mais significativos para manter a cotação da soja em alta é a redução do plantio que deverá ocorrer nos Estados Unidos este ano. É que a oleaginosa vai ceder espaço para o milho, utilizado para produção de etanol. Calcula-se que a área de milho naquele País crescerá 13%. Com menor oferta de produto americano, as exportações brasileiras devem aumentar, ocupando espaços até então cativos dos norte-americanos. Além disso, o consumo interno de óleo de soja poderá ter incremento de 30%, já que parte do produto será destinada à produção de biodiesel.
De acordo com Adriano Vendeth de Carvalho, consultor da SoloBrazil Mercados Agrícolas, não há indicativos de queda no preço da soja nos próximos dias. A tendência, segundo ele, é que esses valores se mantenham, mesmo com a intensificação da colheita em todo o País. As variações, se ocorrerem, serão mínimas, para baixo e para cima. O Estado de Goiás deverá colher 6,1 milhões de toneladas este ano, contra 6,3 milhões colhidas em 2006.