Em uma propriedade em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, 570 hectares estão sendo preparados para receber a plantação da soja que deve iniciar em novembro. Do total que espera colher, o agricultor Sílvio Hose já vendeu antecipadamente parte da safra.
Segundo a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado, 20% da safra que ainda será plantada no final do ano já foi comercializada. As vendas são feitas na Bolsa de Valores do Brasil, mas o preço sofre influência direta da Bolsa de Chicago, nos Estados Unidos.
As vendas da próxima safra de soja são incentivadas pela expectativa de uma colheita maior e pela alta cotação do grão no cenário internacional. De acordo com analistas de mercado, a comercialização futura que deveria começar em agosto, iniciou ainda em junho aproveitando a situação do mercado.
O preço médio da saca de soja que está sendo vendida no mercado futuro é de R$ 61, valor quase 30% maior que o oferecido na safra passada.
“O produtor está aproveitando porque isso é equivalente a US$ 30 a saca. Na relação custo de produção X preço, apesar da alta dos insumos, o cenário ainda é muito bom”, explica Aníbal Bastos, analista de mercado.