Em reunião com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), José Carlos Vaz, o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja/MT), Glauber Silveira, reiterou a necessidade de alteração dos limites de crédito e comercialização para o milho no Centro-Oeste. A região ficou excluída da alteração que o Conselho Monetário Nacional realizou recentemente na norma do novo Plano Safra 2011/12, que unificou os limites de crédito por CPF.
Na regra antiga cada produtor só poderia contratar um teto máximo de R$ 650 mil. A alteração do CMN elevou a R$ 1,15 milhão o limite máximo ao produtor de milho, porém apenas para os agricultores das regiões nordeste, sudeste e sul.
De acordo com o presidente da Aprosoja/MT, a região Centro-Oeste, responsável por 60% do milho segunda safra, foi uma das mais prejudicadas com esta nova regra. Mato Grosso é o maior produtor de milho segunda safra do Brasil. “Quem mais precisa de limites adicionais é o Centro-Oeste. Deveriam regionalizar esse teto. Mato Grosso é o lugar onde mais se planta na safrinha, estamos observando uma demanda mundial crescente pelo milho, e temos potencial de expandir ainda mais a produção no Estado. Porém, com esta política de crédito estamos desestimulando a diversificação da produção e levando o agricultor à monocultura, correndo o risco de desabastecimento”.
O secretário do Mapa, José Carlos Vaz, concorda que a alteração dos limites é necessária para a região Centro-Oeste. “Acatamos a demanda da Aprosoja/MT e iremos discutir com o subsecretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, como equacionar este problema e contemplar os agricultores excluídos da nova regra”.