A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou ontem (15) a liberação comercial de um milho geneticamente modificado da Monsanto, resistente a lagartas e tolerante ao glifosato. Mais cedo, a CTNBio já havia aprovado a liberação comercial de feijão transgênico resistente ao vírus mosaico dourado, totalmente desenvolvido pela equipe da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Assim, o órgão eleva para 33 o número de sementes transgênicas aprovadas para liberação comercial, sendo 18 de milho, cinco de soja, nove de algodão e uma de feijão. A CTNBio também já aprovou 14 vacinas. Os demais pedidos apresentados na reunião de hoje – duas variedades de algodão da Bayer – ainda precisam de mais avaliações e não foram aprovadas.
A variedade de feijão aprovada nesta reunião é a primeira planta transgênica totalmente produzida por instituições públicas de pesquisa brasileiras. De acordo com a Embrapa, com a aprovação pela CTNBio, as sementes transgênicas serão multiplicadas e devem chegar ao mercado dentro de dois a três anos.
O órgão de pesquisa informou em comunicado que, no Brasil, o mosaico dourado está presente em todas as regiões produtoras de feijão e, se atingir a plantação ainda na fase inicial, pode causar perdas de até 100% na produção. Segundo estimativas da Embrapa Arroz e Feijão, os danos causados pela doença seriam suficientes para alimentar de cinco a 10 milhões de pessoas.