Redação (30/10/2008)- Uma injeção de otimismo derivada da decisão do banco central dos Estados Unidos (Fed) de reduzir a taxa básica de juros do país em 0,5 ponto percentual provocou a disparada das cotações das principais commodities agrícolas ontem no mercado internacional.
Com a medida, cresceu a confiança de que a desaceleração econômica no país – e seus reflexos globais – será amenizada, em um cenário que, se confirmado, tende a prejudicar menos a demanda externa por alimentos e suas matérias-primas.
Na bolsa de Chicago (principal referência para os preços globais dos grãos), contratos futuros de milho e trigo, em alguns vencimentos, chegaram a atingir as maiores valorizações diárias permitidas. A soja chegou perto disso.
No caso do milho, os papéis para março (que ocupam a segunda posição de entrega, normalmente a de maior liquidez) subiram 30 centavos, para US$ 4,3825. No trigo, março (segunda posição) fechou a US$ 5,8125 por bushel, com ganho de 47,25 centavos. No mercado de soja, janeiro (segunda posição) saltou 59 centavos, para US$ 9,47 por bushel.
No mercado doméstico, o IqPR, índice de preços recebidos pelos produtores agropecuários paulistas pesquisado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) – vinculado à Secretaria da Agricultura do Estado – encerrou a terceira quadrissemana de outubro com variação negativa de 0,96%, a 10ª consecutiva. Os produtos animais caíram 3,41%, em média, mas os vegetais subiram 0,03%.