Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Detectados primeiros focos de ferrugem na safra 06/07

<p>Doença marca presença novamente e foi encontrada em várias regiões produtoras.</p>

Redação (17/11/06) – Os primeiros focos de ferrugem asiática na safra 06/07 foram detectados em oito áreas de Mato Grosso. As áreas infestadas pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da principal doença da sojicultura mato-grossense estão localizados nas cidades de Alto Garças, Campo Verde, Jaciara, Lucas do Rio Verde, Primavera do Leste, Rondonópolis, Sapezal e Sorriso, ou seja, bem distribuídos em Mato Grosso.

De acordo com o pesquisador do setor de Proteção de Plantas, da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT), Fabiano Siqueri, as condições climáticas, com a chegada das chuvas desde setembro, favoreceram o desenvolvimento da doença quase que na mesma época do ano passado.

A não destruição da soja guaxa ou tigüera, plantas nascidas a partir dos grãos caídos no solo no momento da colheita é outro fator apontado por Siqueri para o aparecimento da doença na lavoura. A soja guaxa ou tigüera da entressafra infestada por ferrugem serve de fonte para o desenvolvimento da doença. Os cuidados com a ferrugem têm de ser feitos em toda a etapa ao longo do ano, do pré ao pós-plantio, orienta o pesquisador.

Mas Siqueri lembra que mesmo com o aparecimento dos focos, o potencial de inóculo da doença na safra atual é menor do que no ano passado. A implantação do Vazio Sanitário, que proibiu o plantio de soja na entressafra durante 90 dias em todo o Estado, contribuiu para uma menor quantidade de esporos no ambiente para este novo ciclo.

A soja em pivô foi uma das vilãs para a proliferação da ferrugem asiática. A instituição do Vazio Sanitário, por meio do Programa de Prevenção e Controle da Ferrugem Asiática em Mato Grosso, foi muito válido. Outro grande passo para o controle da doença foi o avanço do plantio em menor tempo. Nesta mesma época do ano no ano passado, cerca de 60% da soja estava plantada, enquanto que neste ano, aproximadamente 90% da soja já foi semeada, afirma Siqueri.

MONITORAMENTO — Neste momento, o monitoramento da lavoura é a principal recomendação de Siqueri. Tem de acompanhar a lavoura para se fazer o controle no momento adequado. Onde a ferrugem já foi detectada a aplicação com produtos eficientes deve ser imediata.

Estas recomendações e outras informações como o comportamento da ferrugem nesta safra após a implantação do Vazio Sanitário, dados atuais de foco de ferrugem, formas de controles eficientes e outras sobre a ferrugem da soja serão apresentadas por Siqueri no Fundação MT em Campo: É Hora de Cuidar, que acontecerá de 20 a 24 de novembro e de 4 a 8 de dezembro nas principais cidades produtores de Mato Grosso e estados vizinhos.

LANÇAMENTO — Os trabalhos de pesquisa da Fundação MT permitirão disponibilizar aos produtores para a safra 08/09 variedades de soja resistente à ferrugem. Os pesquisadores estão fazendo um esforço sobrenatural para atender a necessidade do produtor por uma soja resistente a esta doença que há cinco anos tira o sono do produtor, destaca o diretor-superintendente da Fundação MT, Dario Hiromoto.