Redação (25/10/07) – O gosto, tido como desagradável, é o responsável pela cara feia. Porém, para que a oleaginosa possa ser amplamente utilizada na alimentação humana, pesquisas estão sendo feitas para obtenção de variedades mais saborosas.
Nove cultivares desenvolvidos pela Embrapa Soja, de Londrina (PR), estão em teste desde 2005 nos municípios gaúchos de Três de Maio, Passo Fundo e Pelotas. São avaliados aspectos como o rendimento e a palatabilidade. A idéia é retirar o gosto de feijão cru típico do grão. Em Três de Maio, o projeto é realizado em parceria entre a Setrem- Sociedade Educacional Três de Maio, a Cotrimaio- Cooperativa Agropecuária Alto Uruguai e a Embrapa Trigo, de Passo Fundo.
Segundo informou o canal rural, no primeiro semestre deste ano, alunos do curso de Engenharia da Produção Agroindustrial da Setrem industrializaram o grão, dando origem à soja torrada e à soja em conserva. Da transformação, foi obtido um produto agradável ao paladar sem perder as substâncias da soja responsáveis pela prevenção de doenças.
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A variedade BRS 258, mais adocicada, foi uma das que melhor se saiu no quesito sabor. No processo de industrialização, a lipoxigenase acabou sendo neutralizada. A soja torrada e a em conserva produzidas pelos alunos ainda não estão sendo negociadas.
No Rio Grande do Sul, a maior parte da soja plantada é transformada em óleos vegetais e farelo para ração. No entanto, cultivares destinadas à alimentação humana podem significar nova opção de renda para o produtor.
– Com a mudança de mentalidade da população, que quer prevenir doenças, o consumo de produtos com propriedades funcionais, como a soja, aumentou – diz Rita Maria Alves de Moraes, pesquisadora da Embrapa Trigo na área de melhoramento de soja.
