Redação (24/04/07) – A nova tecnologia, que está sendo apresentada durante as comemorações do 34º aniversário da Embrapa, em Brasília, vai agregar o molibdênio no processo de produção de semente, dispensando a aplicação desse nutriente durante a semeadura.
Segundo o pesquisador Rubens José Campo, os solos brasileiros são naturalmente pobres em molibdênio, micronutriente indispensável para a eficiência do processo de fixação biológica de nitrogênio. “Hoje, a aplicação de molibdênio pode ser feita antes do plantio, ao se inocular a soja, ou diretamente sobre as folhas. Entretanto, apesar de ser necessária, a aplicação na semente causa prejuízos à sobrevivência do Bradyrhizobium, bactéria que promove a fixação biológica do nitrogênio”, explica.
A soja é uma cultura que requer uma grande quantidade de nitrogênio para alcançar altos níveis de produtividade. A fixação biológica, promovida pelo bradirizóbio, dispensa o uso de adubo nitrogenado e, conseqüentemente, reduz os custos de produção e ajuda a preservar rios, lagos e lençóis freáticos da contaminação por nitrato.
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Com a nova tecnologia, a adição de molibdênio à semente pode passar a ser feita durante o processo de produção da semente, ainda na lavoura, aproveitando-se a mesma operação de controle de pragas. Para isso, os produtores de sementes deverão fazer duas pulverizações do nutriente nas folhas, com espaçamento de, no mínimo, dez dias, entre os estádios floração plena até enchimento de grãos.
“É uma tecnologia que vai agregar valor à semente e que tem potencial para melhorar o rendimento do produtor em cerca de 9%, Além disso, as sementes enriquecidas produzem grãos com teores médios de proteína 4% superior”, explica Rubens. A nova tecnologia já está disponível para produtores de sementes e de grãos e dispensará a aplicação do nutriente durante a inoculação. As informações são da assessoria de imprensa da Embrapa.
