Redação AI 21/11/2002 – A expansão da avicultura brasileira vai depender da disponibilidade de milho para alimentar os plantéis. A previsão é do coordenador de palestras do 4o. Simpósio Técnico de Matrizes de Corte, que teve início ontem em Chapecó, Fábio Bittencourt. Ele informou que neste ano o Brasil deve ultrapassar o volume de 30 milhões de matrizes em produção. Cada matriz produz 148 frangos que vão para os produtores rurais. Bittencourt disse que na área de matrizes de frango de corte, o acréscimo era de 4 a 5% ao ano, mas deve estabilizar em 2003. “Tudo vai depender do cereal”, disse o coordenador do simpósio. Se não tiver comida, os setor não terá como manter os níveis de crescimento dos últimos anos.
Neste ano houve um déficit de 1,6 milhão de toneladas somente em Santa Catarina, que gerou escassez e aumento de custos.De acordo com o Instituto de Planejamento e Economia Agrícola (Cepa) de Santa Catarina, a produção de frango no Brasil deve crescer 12,4% neste ano, passando de 6,56 milhões de toneladas, para 7,38 milhões. Bittencourt disse que tecnologia, sanidade e capacidade de crescimento o país tem, como está sendo demonstrado no seminário. O evento visa atualizar os profissionais da área e reforçar os cuidados com biosegurança.
Ontem, o presidente da Associação Catarinense de Avicultura (Acav), Ronaldo Muller, disse que o mês de setembro ficará na história da avicultura nacional. O Brasil exportou 245 mil toneladas no período, 119% a mais que em setembro do ano passado. Muller disse que estes números deixam o setor otimista e impõe novos desafios para continuar avançando.
O Instituto Cepa prevê que as exportações de carne de frango neste ano cheguem a 1,5 milhão de toneladaS, 20,1% a mais do que no ano passado. O simpósio encerra-se hoje (21) à tarde.