Redação (13/09/06)- O primeiro levantamento de comercialização da Agência Rural (AgRural) para a safra de soja brasileira 2006/07 mostra que os estados nordestinos abraçaram a idéia de apostar nos negócios futuros. Acompanhando o avanço das fronteiras agrícolas, as empresas que se instalaram recentemente no Nordeste já comercializaram 10% da safra na Bahia e 14% da produção no Maranhão. Nesse mesmo período de 2005, os dois estados ainda não haviam negociado nada de suas safras.
Em Mato Grosso, onde os produtores tradicionalmente usam os mecanismos de comercialização futura, os negócios para o ciclo 2006/07 somam apenas 11% da estimativa de safra. Nessa mesma época do ano passado, o maior produtor de soja do Brasil já havia negociado 18% da produção.
Já o índice de comericialização geral no Brasil está praticamente em linha com o verificado no começo de setembro de 2005. Segundo o levantamento da AgRural, os negócios com a soja da temporada 2006/07 somam 6% da estimativa de produção. No ano passado, a comercialização no país somava 7% da safra de soja.
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Leilões ajudam a escoar produção:
Os leilões do governo estão longe da perfeição, mas não há como negar que eles ajudaram a escoar a soja produzida no Brasil na safra 2005/06. Segundo o levantamento de comercialização da AgRural, os produtores brasileiros já comercializaram 90% da oleaginosa colhida na última safra. Nessa mesma época do ano passado, o volume negociado correspondia a 81%.
Um outro número que comprova a influência da atuação governamental diz respeito ao volume comercializado no último mês. De acordo com os dados da AgRural, o volume negociado de agosto até agora somou 4,6 milhões de toneladas em todo o Brasil. No mesmo período do ano passado, a comercialização chegou a 3,6 milhões de toneladas. As informações são da AgRural.
