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Insumos

Estimativa de safra é alvo de contestação

<p>Farsul aponta mais redução na área de milho e maior ampliação na soja. Produtores desistiram de plantar milho no RS.</p>

Nova polêmica se seguiu à divulgação da estimativa de safra agrícola no país. Ontem (05/11), depois que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou previsão de colheita de 23 milhões de toneladas de grão no Estado, com acréscimo de 5,5% na produção de soja e de 17,7% na de milho – influenciada pela perda do ano passado -, a Farsul contestou os dados.

Jorge Rodrigues, coordenador da comissão de grãos da Farsul considerou os números “defasados”. “Esses dados devem ter sidos colhidos há mais de 30 dias, quando se tinha uma expectativa de plantio, mas, devido à movimentação climática nesse período, houve mudanças, que acarretaram principalmente na migração de milho para soja”.

Segundo Rodrigues, muitos produtores desistiram de plantar milho, inclusive devolvendo sementes. A estimativa da comissão de grãos da Farsul é de que haja uma redução maior do que de 5% a 8% prevista pela Conab para o milho, em relação à área da safra passada. Para a soja, a estimativa é de aumento entre 2% e 4% na área. “Acredito que no próximo anúncio da Conab deve haver uma revisão. Hoje estamos trabalhando com uma redução de 25% na área de milho e um aumento de 12% na área plantada com soja”, resumiu.

No arroz, a previsão da Conab é de queda na produção de 5,6% para a próxima safra. Em alguma regiões, como Uruguaiana, na Fronteira Oeste, o plantio está atrasado porque as barragens estão abaixo dos níveis. “Como temos ainda um mês de possibilidade para plantio, até dezembro, talvez essa área seja compensada”, avaliou Sílvio Porto, diretor de logística e gestão empresarial da Conab.

O trigo, que ainda está sendo colhido, deve ter uma redução na produção de 14,3% em relação à anterior.

No país, pelos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) a próxima safra de grãos e leguminosas deve crescer 3,8%, chegando a 139,3 milhões de toneladas. Seria, portanto, a segunda maior da história do Brasil. Na avaliação do IBGE, a área a ser colhida em 2010 é de 47,9 milhões de hectares, 1,6% acima da cultivada em 2009.