Redação (28/11/2008)- Para o volume, SAFRAS estima total de saídas de 42,0 milhões de toneladas, 9% superior aos 38,55 milhões de t do ano que passou, configurando novo recorde para o país. A retração foi relacionada basicamente com a diminuição na estimativa de safra. Em relação à receita, temos agora projeção de US$ 18,11 bilhões que, em caso de confirmação, seria 58% superior aos US$ 11,43 bilhões do ano passado. A redução para o último relatório foi também em função do menor volume, uma vez que os preços médios melhoraram.
"Dessa maneira, tivemos também retração no sentimento de participação do setor na pauta geral de exportações do país, mas ainda contribuindo fortemente para que o Brasil alcance novo recorde na receita para as saídas de produtos", avalia o analista de SAFRAS, Flávio França Júnior. Para receita geral estimada ainda em US$ 185,00 bls, significando aumento de 15% sobre os US$ 160,65 bls de 2007, a participação do complexo soja ficaria em 9,8%, inferior aos 10,0% da estimativa anterior. Mesmo assim essa taxa ainda seria a melhor desde os 10,4% de 2004 e muito superior aos 7,1% registrados no ano passado.
Entretanto, apesar dessas projeções, os embarques acumulados no ano mostram até agora uma posição exatamente inversa, ou seja, volumes menores de saídas para soja e farelo no comparativo com igual período do ano passado, e volumes maiores para o óleo de soja. "Para justificar essa posição, temos dois fatores preponderantes: o atraso na entrada da safra no mercado, basicamente em decorrência do retardamento no plantio; e o movimento lento de embarques relacionado com protestos e operação padrão realizados por trabalhadores portuários, notadamente em Paranaguá, que é o principal porto de escoamento do complexo soja", conclui.