Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

"Falta dinheiro para soja, milho safrinha e algodão", diz Stephanes

<p>O ministro disse que é "desejável" a liberação de mais R$ 5 bilhões para o financiamento da safra.</p>

Redação (05/11/2008)- O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse ontem que os agricultores precisam de dinheiro para concluir o plantio da safra de soja, iniciar o cultivo do algodão e semear as lavouras de milho safrinha. No caso do algodão, as lavouras são cultivadas entre dezembro e janeiro no Centro-Oeste, que é a principal região produtora do País. A safrinha de milho será plantada no primeiro semestre do ano que vem.

  O ministro disse que é ‘‘desejável’’ a liberação de mais R$ 5 bilhões para o financiamento da safra. Ele contou que deve se reunir nos próximos dias com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para tratar das medidas adicionais. Stephanes disse que a idéia é liberar dinheiro para os bancos, para empréstimos para o crédito rural, ou por meio de linhas de Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC).

  O ministro disse que os produtores de algodão só vão plantar se houver uma garantia de crédito, especialmente para o ACC. Ele também afirmou que o governo deu um prazo extra para pagamento das dívidas de investimento que venceram no mês passado. Do total de 5 bilhões, cerca de R$ 1 bilhão não foi pago. De maneira geral, a inadimplência no Brasil foi muito pequena. Mais da metade está concentrada no Mato Grosso. Se considerados os outros estados do Centro-Oeste a inadimplência é de dois terços, diz ele.

  Ele lembrou que os produtores desta região optaram por plantar e não por pagar a dívida. ‘‘Houve um problema localizado. Estes estados estão plantando. Eles compraram o adubo mesmo sem o financiamento das tradings’’, afirmou.

Stephanes confirmou também que o Banco do Brasil estuda a criação de uma linha de crédito de ate R$ 2,5 bilhões para financiar o capital de giro das tradings, agroindústrias e fornecedores de insumos. De acordo com uma fonte do governo, a idéia é fortalecer os mecanismos de CPR. Uma das alternativa é reduzir a alíquota de IOF incidente sobre estas operações.