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Falta milho para aves e suínos no Sul

O Mapa está estudando dar subvenção para o transporte do grão do Paraná para o Rio Grande do Sul, visando abastecer avicultores e suinocultores gaúchos.

Da Redação 14/05/2004 – 06h40 – O Ministério estuda subsídios para o transporte do grão do Paraná para o Rio Grande do Sul. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está estudando dar subvenção para o transporte de milho do Paraná para o Rio Grande do Sul, visando abastecer avicultores e suinocultores daquele estado. A estimativa é que, devido à seca, falte 1 milhão de toneladas do grão. Outra alternativa para garantir o abastecimento no estado é remover os estoques do governo localizados no Centro-Oeste e vendê-los a preços de mercado no Rio Grande do Sul. O assunto vai ser discutido no ministério, na próxima semana.

A quebra na produção está sustentando o preço do milho no estado a patamares próximos a R$ 24 a saca (60 quilos) em relação ao custo de produção total de R$ 18,50 a saca. Desde o início do ano, os valores pagos pelo grão já se elevaram 40%. Em janeiro, o grão era negociado em média a R$ 17 a saca. Hoje o preço encontra-se estabilizado.

Balizar preços

Segundo fontes do governo, as medidas visam não somente garantir o abastecimento, mas principalmente balizar os preços, evitando especulação com os estoques. “É natural que o produtor esteja segurando o grão, pois o preço hoje é de entressafra”, avalia Paulo Molinari, analista da Safras & Mercado. De acordo com ele, o valor pago hoje é considerado alto para o mês de maio. Normalmente, a saca de milho no interior do Rio Grande do Sul é negociada a US$ 5, enquanto neste ano está em patamares de US$ 7,50.

Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Rio Grande do Sul vai colher 4,1 milhões de toneladas para um consumo de 5,2 milhões de toneladas. Com o estoque de passagem da safra anterior de 150 mil toneladas, faltariam cerca de 1 milhão de toneladas para o abastecimento no estado. Normalmente o Rio Grande do Sul tem um déficit de 400 mil toneladas, que é suprido com grão de outros estados. No entanto, este ano, devido à seca na região noroeste, houve quebra na produção superior a 600 mil toneladas, conforme os dois últimos levantamentos de safra da Conab.

“A situação hoje é apreensiva porque quem tem milho acha que vai faltar e está segurando ou até especulando com o grão”, diz Gilberto Moacir da Silva, presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs). Segundo ele, a solução é