O aumento dos focos de ferrugem asiática no Paraná é expressivo e preocupa os agricultores. Eles têm mantido vigilância constante nas lavouras para evitar as perdas com a doença.
A doença, velha conhecida dos produtores, é provocada por um fungo que ataca as folhas, diminui a quantidade de vagens e o peso dos grãos da soja. Altas temperaturas e umidade em excesso favorecem o surgimento da doença. O Paraná tem vivido dias quentes e com chuvas, o que aumenta a preocupação.
“Nós temos visto que as ocorrências começaram mais cedo este ano e também tem evoluído bastante rápido”, explicou Rafael Soares, agrônomo da Embrapa.
Na safra passada, o Estado registrou 1.582 focos. O fungo foi menos agressivo e as perdas não foram tão grandes. Mas não se pode baixar a guarda.
Em Cascavel, no oeste do Estado, a ferrugem já foi encontrada em sete propriedades desde novembro. São quase duas vezes mais do que na safra passada. Por conta disso, os agricultores têm sempre um olhando mirando a lavoura. É o receio que aumenta com a tendência de mais chuvas para as próximas semanas.
Os agrônomos dizem que quando a ferrugem toma conta da lavoura a queda na produção pode chegar a 80%. Por isso, muitos agricultores estão reforçando os cuidados com a prevenção. No norte do Estado, a estratégia tem dado certo.
Nos 300 hectares do agricultor Sérgio Amano, felizmente, não há nem sinal da doença. Ele faz acompanhamento de três em três dias. Não tira o olho da roça. Em vez de duas, serão feitas três aplicações de fungicida para manter a ferrugem longe da lavoura, pelo bem da produção.
Segundo o consórcio anti-ferrugem, coordenado pela Embrapa, até esta mesma época do ano passado, o Paraná havia registrado apenas 21 casos da doença. Quinze por cento do que foi registrado até o momento nesta safra.