Da Redação 25/11/2004 – O agricultor Francisco Gemelli não tira o olho da lavoura. Ele plantou 1,4 mil hectares com soja. Em uma área de 200 hectares foi constatada a contaminação por ferrugem asiática. Ele foi obrigado a fazer a primeira aplicação de fungicida.
“Indica que vai aumentar o custo porque pode a duas ou três aplicações de fungicida”, disse Gemelli.
O primeiro foco de ferrugem asiática foi identificado no município de Ipiranga do Norte, a 110 quilômetros de Lucas do Rio Verde. Estava no talhão chamado de sentinela. É uma pequena área plantada com soja antecipada para facilitar a identificação da doença.
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Em um centro de pesquisas já foi confirmada a contaminação de outras cinco propriedades que estariam em Lucas e também em Primaverinha, distrito de Sorriso. De cada dez testes feitos, pelo menos oito apontam a presença do fungo.
“A gente está tendo muitos casos dos agrônomos e dos pesquisadores que fazem o levantamento, o monitoramento, da ferrugem da soja e não estão conseguindo identificar claramente. Eles estão confundindo com outras doenças. Então, é fundamental que tragam e a gente possa fazer claramente a identificação da ferrugem da soja”, falou o biólogo Mauro Costa.
De acordo com a Embrapa, no ano passado, em todo o país, quatro milhões e meio de toneladas de soja deixaram de ser colhidas por causa da ferrugem asiática.
