Da Redação 17/11/2004 – As duas áreas onde foram localizadas plantas infectadas ficam no norte do Rio Grande do Sul. Em uma lavoura do município de Sananduba a ferrugem asiática foi detectada por técnicos agrícolas nos pés de soja que cresceram no meio do trigo.
As amostras de plantas infectadas foram levadas ao laboratório de fitopatologia da Universidade de Passo Fundo, que integra o comitê de anti-ferrugem coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisa de Soja em Londrina, no Paraná.
Segundo os pesquisadores, a ferrugem da soja é provocada por um fungo com alto poder de destruição. A doença reduz em até 80% o rendimento da lavoura.
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“A principal característica dela é atacar até 95 espécies de plantas dentro da família da soja que chamamos de leguminosas. Isso, com certeza, trará e está trazendo dificuldades no desenvolvimento de variedades com resistência à ferrugem”, disse Erlei Melo Reis, agrônomo da Universidade de Passo Fundo.
A única alternativa é fazer o tratamento com fungicidas, o que vai aumentar os custos para o produtor.
O agricultor Archimedes Tonial passou a inspecionar a lavoura duas vezes por semana. Com a confirmação de que a área está infectada, ele já sabe que terá de gastar mais.
“Temos de estar previnidos porque sabe-se que é uma doença muito violenta e que os danos na lavoura são quase totais quando não é feito o tratamento. É um custo a mais, mas temos de tentar resolver da melhor maneira possível”, falou Tonial.
Calcula-se que os gastos com a aplicação de fungicida para combater a ferrugem possam chegar a R$ 90,00 por hectare.
