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Ferrugem prejudica soja no Vale do Rio Pardo (RS)

<p>A média de produtividade da soja no Vale do Rio Pardo (RS) tem ficado abaixo do esperado, apesar da safra se consolidar como uma das maiores dos últimos anos.</p>

Redação (14/05/07) –  No município de Rio Pardo, que possui a maior área de produção na região, a colheita foi concluída em 85% dos 22 mil hectares cultivados com a oleaginosa. O engenheiro agrônomo da Cotribá, Leonardo Maffini, afirma que a média poderia ter sido maior do que os 45 sacos/ha registrados se plantações não tivessem sido atingidas pela ferrugem asiática. "Quem usou os fungicidas e inseticidas teve bom rendimento, mas os que não fizeram isso acabaram perdendo produtividade", ressalta. Ele informa que algumas lavouras acabaram proporcionando cerca de 20 sacos/hectare.

O rendimento também deixou a desejar em algumas lavouras de Santa Cruz do Sul. Em São José da Reserva, o produtor Ingo Tewes estima que conseguiu um retorno médio de 30 sacos por hectare. O volume ficou bem abaixo das projeções iniciais, que apontavam para um rendimento de até 50 sacos/ha. Um dos motivos da quebra, segundo ele, foi o uso de sementes transgênicas próprias.

O produtor André Torquist, de Reserva dos Kroth, município localizado no interior de Santa Cruz, obteve rendimento médio de 45 sacos por hectare a e também está insatisfeito. "Minha média sempre foi de 58 sacos por hectare", recorda. Embora tenha tido parte da plantação de 300 hectares atingida por ferrugem asiática, o agricultor acredita que foi o calor excessivo que prejudicou a produção.