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<p>Clima nos EUA impulsiona cotações dos grãos.</p>

Da Redação 06/07/2005 – Novas notícias e previsões relacionadas aos reflexos do clima sobre o desenvolvimento das lavouras americanas deflagaram um movimento de compras especulativas que motivou forte valorização das cotações de soja e milho ontem na bolsa de Chicago.

No caso da soja, os contratos de segunda posição de entrega (atualmente os papéis para entrega em agosto) subiram 39,50 centavos de dólar por bushel, ou 5,84%, e alcançaram US$ 7,1550. Com isso, nos dois pregões deste mês a alta acumulada chegou a 9,07%. No ano, a valorização atingiu 30,74%.

No mercado de milho, os contratos de segunda posição (setembro) registraram ontem salto de 14,50 cents por bushel, ou 6,43%, para US$ 2,40. Em julho, a valorização alcançou 7,99%; em 2005, bateu 12,68%, conforme o Valor Data.

Renato Sayeg, da Tetras Corretora, explicou que, além das previsões de chuvas para a semana passada não terem se confirmado, já que as precipitações foram esparsas, os comentários ontem em Chicago é que o clima em regiões produtoras do Meio-Oeste dos EUA tende a se manter seco até domingo. “Se isso acontecer, os EUA terão queda de produtividade em regiões produtoras importantes. Até agora, só há danos irreversíveis em áreas restritas, sem peso”.

Analistas destacaram nas últimas semanas que o “mercado de clima” deve continuar dando o tom em Chicago em julho. Antonio Sartori, da Brasoja, disse recentemente ao Valor que a fase crítica para as plantações de soja dos EUA vai do início de julho ao fim de agosto.

A volatilidade ligada ao clima já marcou os grãos em Chicago em junho, com saldo positivo para os preços. Isso acelerou as vendas da produção brasileira de soja da safra 2004/05, o que pode acontecer novamente em razão da alta de ontem.

Índice de commodities agrícolas (incluindo soja e milho) negociadas pelo Brasil no exterior calculado pela MSConsult mostrou alta de 6,3% no mês passado, ante baixa de 3,4% das não-agrícolas. Assim, o índice de preços das principais commodities exportadas pelo Brasil fechou junho em alta de 1,4% sobre maio.