Redação (31/05/07) – Maio de 2007 foi o mais frio dos últimos quatro anos e a agrônoma do Departamento de Economia Rural (Deral), Margorete Demarchi, estima que "80% do milho plantado ainda está correndo risco". Por enquanto, as geadas atingiram mais fortemente a região Oeste, onde se concentra 50% da produção do grão. A previsão é de colheita recorde de 5,73 milhões de toneladas.
"As geadas foram pontuais, boa parte delas de baixa intensidade ou apenas de baixada. Mas, com o preço do milho atraente, muitos produtores correram o risco de plantar em qualquer área. Fica então difícil avaliar as perdas. Mas, por enquanto, são insignificantes", disse a agrônoma. O problema, segundo ela, é que o quadro de formação de novas geadas persiste. Para o trigo ainda não há riscos porque apenas 1% da área plantada está em floração, quando o cereal é mais suscetível ao clima.
Na madrugada de quarta-feira, por exemplo, houve geadas em lavouras de milho safrinha, feijão, café e hortaliças nas regiões Centro-Sul e Sudoeste do Paraná. Nas demais regiões, as geadas variaram de fracas e moderadas e não atingiram as áreas plantadas. Levantamento preciso, porém, só poderá ser feito após quatro ou cinco dias da ocorrência climática, quando técnicos saírem a campo para contabilizar possíveis danos.
Houve geadas em Campo Mourão, Cascavel e Toledo, onde o milho está em fase suscetível. Essas regiões respondem por 55% a 60% da produção de milho safrinha do Estado. Na região de Francisco Beltrão, 25% corre riscos. Em Irati, Laranjeiras do Sul e Ponta Grossa, a geada foi forte e pode ter prejudicado o feijão e as pastagens.