A colheita da segunda safra de milho já terminou em Jataí, no sudoeste de Goiás. Esse ano, a área plantada com a cultura no município foi de 200 mil hectares. Os agricultores ainda contabilizam o resultado da produção, mas a estimativa é que tenham sido colhidas 1,32 milhão de toneladas do grão. Só que nem toda produção do campo irá chegar aos armazéns por causa do desperdício.
O desperdício de grãos começa nas próprias fazendas. Em uma área de uma propriedade da região onde havia uma lavoura de milho que acabou de ser colhida ainda é possível encontrar grande quantidade de espigas que as máquinas deixaram para trás.
As perdas são maiores durante o transporte da safra. No período da colheita, é fácil encontrar milho espalhado por todos os lados. As rodovias ficam cheias de grãos que caem dos caminhões. Dependendo da distância, a perda é grande. “Tem caminhoneiro que chega a perder até 700 quilos em um trecho de 450 quilômetros”, diz o caminhoneiro Agnaldo Firmino Lopes.
Muitos trabalhadores rurais aproveitam o fim da colheita para ganhar um dinheiro extra com o que sobrou nas lavouras. Dieno Souza chega a recolher 30 sacas de milho por dia. “Dá R$ 2,5 mi por mês”, calcula.
Segundo estimativas feitas por agrônomos, a perda na colheita e no transporte pode chegar a 5% da safra.