Da Redação 14/08/2003 – Secretário da Agricultura considera liberação da soja geneticamente modificada um risco para as agroindústrias catarinenses que exportam carnes de aves e suínos, mas os grandes produtores aprovam.
Preocupado com o desempenho das exportações de Santa Catarina, o governo do Estado se manifestou contrário à liberação dos transgênicos. Segundo o secretário da Agricultura, Moacir Sopelsa, muitos compradores internacionais de carne de aves e suínos não aceitam que os animais sejam alimentados com grãos geneticamente modificados.
“Nós vemos com restrições e muita preocupação esta liberação”, reage. Segundo ele, o governo respeita a posição da Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc), que representa o grande produtor, mas precisa dar cobertura aos agricultores familiares, que são maioria e não aceitam a soja transgênica. “Há perigo de contaminação”, afirma.
A maior preocupação, diz o secretário, é com relação às exportações de carnes, um dos setores mais fortes da economia catarinense. “Exportamos para países que não aceitam carne de animais que tenham sido alimentados com grãos modificados”, justifica.
Algumas agroindústrias, segundo Sopelsa, fazem testes para ter certeza de que não vão alimentar seus animais com produtos transgênicos, tal o perigo que representam para as exportações.