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Grãos na Argentina

La Niña ocasiona perda maior de milho na Argentina. Clima não melhorou a tempo das lavouras de cereal reagirem ao estresse hídrico.

Grãos na Argentina

As perdas provocadas pelo La Niña castigam as lavouras de milho, conforme avaliação técnica do Ministério da Agricultura. Eles consideram que houve estresse hídrico na fase de enraizamento das plantas em praticamente todas as regiões.

Se a previsão de que serão colhidos 20 milhões de toneladas se cumprir, a quebra vai chegar a 4 milhões de toneladas, na comparação com a produção da safra passada, afirma Sandra Occhiuzzi, coordenadora de Risco Agropecuário.

Em relação à soja, a expectativa é de recuperação. Apesar do atraso das chuvas na época da colheita, a previsão é que o rendimento chegue perto de 50 milhões de toneladas. Se o clima continuar colaborando, como ocorre desde o início de janeiro, a produção pode ultrapassar a marca de 50 milhões de toneladas, conforme Carlos Della Valle, do setor de Estimativas Agrícolas. Na safra passada, foram produzidas 54 milhões de toneladas.

As previsões para o milho são mais definitivas que as da soja, conforme o Minagri. Os técnicos ouvidos pela Expedição Safra consideram que não houve tempo para recuperação dos campos dedicados ao cereal.

A Associação de Cooperativas Argentinas, ACA, adota previsão mais conservadora, de 48 milhões de toneladas para a soja e de 20 milhões para o milho. O quadro é de recuperação, confirma Claudio Bogo Morales, chefe de Produtos Agrícolas. O avanço da colheita, que acaba de começar, vai mostrar se houve mesmo recuperação nas lavouras de soja, pontua.

A Expedição Safra participa nesta sexta-feira da Expoagro, a maior feira agropecuária da Argentina. Em seguida, fará visitas a produtores e técnicos nas fazendas. Na próxima semana, registra a expectativa da safra de milho e soja no Paraguai.