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Grãos têm segunda-feira de quedas na bolsa de Chicago

<p>Milho e soja tiveram baixa. No Brasil, plantio da oleaginosa avança, mas venda da nova safra é lenta.</p>

A expectativa de que a colheita da safra 2009/10 avance nos Estados Unidos depois de atrasos provocados por adversidades climáticas nas últimas semanas derrubou as cotações de milho e soja ontem na bolsa de Chicago.

De acordo com a agência Dow Jones Newswires, agricultores americanos tentam acelerar o quanto podem a colheita justamente para tentar aproveitar os bons preços. Na semana passada, os preços do milho alcançaram o maior patamar em quatro meses, enquanto os da soja registraram o pico em dois meses. Daí porque um movimento de realização de lucros liderado por fundos especulativos também colaborou para a desvalorização de ontem.

Das duas commodities, a que mais caiu na bolsa de Chicago foi o milho. Os contratos com vencimento em março (que ocupam a segunda posição de entrega, normalmente a de maior liquidez) fecharam a US$ 3,90 por bushel, em baixa de 19,25 centavos de dólar (4,7%). Cálculos do Valor Data mostram que, ainda assim, o grão acumula alta de 9,32% em outubro e de 0,32% em doze meses.

No mercado de soja os contratos para janeiro (segunda posição) recuaram 18,75 centavos de dólar (1,86%) e encerraram a sessão negociados a US$ 9,8875 por bushel. Em outubro, aponta o Valor Data, há ganho de 5,92% e nos últimos doze meses, de 14,04%.

As cotações do trigo também tiveram queda considerável ontem nas bolsas americanas, mas por causa da expectativa de que os elevados estoques globais são capazes de garantir o abastecimento dos mercados mesmo diante do atraso do plantio nos EUA, maior exportador do cereal.

Em Chicago, os papéis para março (segunda posição) encerraram o pregão a US$ 5,4625 por bushel, queda de 20,50 centavos de dólar (3,62%) em relação à sexta-feira. Neste mês, há alta acumulada de 14,52%; em doze meses, o salto chega a 2,15%.

Na bolsa de Kansas, outra boa referência para as importações brasileiras, o bushel do trigo para entrega em março caiu 18,75 centavos de dólar, para US$ 5,4725.

Plantio de soja avança, mas venda da nova safra é lenta

Os produtores brasileiros de soja já semearam 20% da área total estimada nesta safra 2009/10 para o grão, informa a Céleres. Nesta mesma época do ano passado, o percentual era de 16%, de acordo com a consultoria. Na semana passada, o plantio havia alcançado 12% da área projetada.

Segundo a consultoria, chuvas regulares no último mês na maior parte do cinturão produtor do Centro-Sul do País criaram condições favoráveis para o plantio, apesar de as fortes chuvas terem atrasado o processo em algumas regiões isoladas mais ao sul. Em Mato Grosso e no Paraná, principais Estados produtores, os trabalhos estão mais acelerados.

Também conforme a Céleres, os sojicultores já venderam antecipadamente 17% da nova safra até 23 de outubro, ante 20% em 2008.