Redação (04/09/06)- O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Guedes Pinto, prometeu sexta (01/09), na solenidade de abertura oficial da Expointer, em Esteio (RS), encontrar até o dia sete (quinta-feira) uma solução técnica para o problema da semente de soja destinada ao plantio da próxima safra no estado.
Em reuniões ontem com lideranças das federações da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) e dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), o ministro garantiu que um grupo técnico vem estudando o impasse sobre a garantia de crédito e seguro para o plantio da soja transgênica com semente não certificada, na safra 2006/07.
Em seu discurso, recordou que foram tomadas, nas quatro últimas safras, decisões governamentais de caráter excepcional, primeiro autorizando a comercialização do produto transgênico e depois sua venda e plantio.
A lei em vigor exige que as sementes sejam certificadas. Os produtores gaúchos alegam falta do produto e apontam como saída a utilização de sementes próprias. Nas duas reuniões de ontem, Guedes garantiu que não faltará semente.
O ministro argumentou que a decisão precisa ser bem avaliada, lembrando que envolve outros ministérios como Fazenda, Reforma Agrária e Meio Ambiente. O dialogo é fundamental e vamos encontrar uma forma de atender aos interesses do estado. Queremos uma solução definitiva, pois o problema vem se repetindo há quatro safras, lembrou.
Referindo-se aos focos de Newcastle no Rio Grande do Sul e no Amazonas, afirmou que isso comprova a eficiência dos serviços de defesa sanitária estaduais e federal. A descoberta se deu graças ao trabalho de monitoramento de aves migratórias que o governo vem intensificando nos últimos meses para evitar o ingresso da gripe aviária no país. Foram os testes realizados por essas equipes que acabaram identificando a doença em criatórios de fundo de quintal.
Após destacar a importante contribuição da agricultura gaúcha para o desenvolvimento do país, Luís Carlos Guedes prestou uma homenagem ao ex-ministro Cirne Lima, responsável pela criação da Empresa Brasileira da Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que está completando 33 anos.