A produção de soja do ciclo 2009/2011 da indústria foi estimada em em 63,4 milhões de toneladas pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). A temporada 2009/2011 da indústria é equivalente à safra 2009/2010 do produtor rural.
Em relatório divulgado ontem (04/11), a entidade apontou ainda que o País deve exportar 25,8 milhões de toneladas e processar 32,2 milhões de toneladas da oleaginosa – números também estáveis em relação à previsão divulgada em setembro. Assim, os estoques finais esperados se mantiveram em 1 milhão de toneladas. Em compensação, a Abiove revisou para cima sua projeção para as exportações da temporada passada, de 27,4 milhões para 27,7 milhões de toneladas. Com isso, a estimativa para o volume esmagado internamente foi reduzida de 29,8 milhões para 29,5 milhões de toneladas. Os números para o farelo e o óleo de soja sofreram algumas alterações.
A Abiove cortou a estimativa para os estoques iniciais de farelo, de 764 mil para 514 mil toneladas, e de óleo, de 252 mil para 152 mil toneladas. Também reduziu sua projeção para as exportações de farelo para 12,15 milhões de toneladas, ante 12,8 milhões no relatório do mês passado. Com isso, os estoques de finais devem ser de 814 mil toneladas, ante 764 mil na projeção anterior. A expectativa para as exportações de óleo também foram reduzidas, de 1,35 milhão para 1,2 milhão de toneladas. Em compensação, o consumo interno deve ser maior: 4,85 milhões de toneladas, ante 4,8 milhões na estimativa anterior.
O custo com transporte da soja produzida no norte de Mato Grosso para o Porto de Santos ou Paranaguá pode ser reduzido em um quinto, se for feito por meio de hidrovias. A avaliação é do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, ao chegar ao I Fórum sobre Hidrovia: A contribuição do Transporte Hidroviário ao Meio Ambiente, organizado pela Comissão de Viação e Transporte da Câmara”. Segundo ele, a emissão de gases de efeito estufa pode cair um quarto se os rios forem usados no transporte de grãos, em vez de caminhões. “As hidrovias são fundamentais para que o Brasil continue competitivo”, disse Stephanes, ressaltando que o uso de hidrovias é menos poluente e mais econômico. Ele ressaltou que o desenvolvimento da malha rodoviária no Brasil se deveu a pressões da instalação da indústria automobilística brasileira. “Isso podia ser bom para os urbanos, mas é péssimo para a agricultura”.