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Hora de vender a soja

<p>Preço deve cair após a colheita da safra americana; doenças nas lavouras brasileiras também preocupam.</p><p></p>

Redação (17/07/06)- A Cooperativa Integrada realizou esta semana um evento para aprimoramento profissional do seu corpo técnico. O workshop reuniu, entre os dias 10 e 12 de julho, em Londrina, dezenas de engenheiros agrônomos para discutir os principais avanços tecnológicos para as culturas de verão. Além de palestras técnicas, o evento também contou com o posicionamento técnico das principais parceiras da cooperativa.

Nutrição mineral, ferrugem da soja, tecnologia de aplicação, qualidade de plantio e fertilidade foram os principais assuntos discutidos no workshop. “Nosso corpo técnico é o elo de ligação entre a pesquisa científica e os associados e é importante que nossos agrônomos estejam atualizados para proporcionar uma boa assistência técnica”, diz o presidente da Integrada, Carlos Murate.

A palestra de abertura foi sobre mercado agrícola, com o consultor da Agroconsult Fábio Meneghin. “Os estoques americanos de soja estão altos e o clima por lá, por enquanto, está favorável. Mesmo assim, os preços estão bons. Analisando essa conjuntura esse é um momento propício para vender, pois a tendência é que os preços desçam se a boa safra americana se confirmar”, recomenda o analista.

Se o mercado não é dos mais favoráveis, as perspectivas com relação às doenças da soja na próxima safra também preocupam, principalmente a ferrugem asiática. Mas segundo alerta o pesquisador e professor da universidade de Passo Fundo (RS), Carlos Alberto Forcellini, “a ferrugem é a principal doença da soja atualmente, mas não é a única. As doenças de final de ciclo e o oídio também causam grandes prejuízos”, lembra Forcellini.

Por isso, recomenda o professor, é muito melhor prevenir do que remediar. “O ideal é fazer uma boa aplicação de fungicida no início da floração e, se preciso, uma segunda aplicação para controle”, comenta Forcellini.

Se já existem produtos eficientes para o controle dessas doenças, uma questão abordada no workshop e que muitos produtores desconhecem é a tecnologia de aplicação, que pode ser primordial para a eficiência do produto utilizado na lavoura, além de ser um fator importante na redução de custos. “Por ano, estimamos que 10% dos produtos são desperdiçados na hora da aplicação em função de pulverizadores mal conservados ou regulados de forma errada. Para evitar essa perda não precisa de dinheiro, mas de capricho na conservação do equipamento”, critica o professor da Faculdade de Bandeirantes, Marco Antônio Gandolfo.