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Início da colheita de grãos revela baixa produtividade

Primeiras análises apontam uma produtividade de 28 sacas de soja por hectare, 25% inferior ao potencial estimado antes da colheita.

Início da colheita de grãos revela baixa produtividade

O Paraná já colheu por volta de 3% da área plantada de soja e 1% da de milho neste atual ciclo. De acordo com o último levantamento divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura (Seab), as regiões de Toledo e Casvavel lideram o ranking, com uma área colhida de respectivamente 15% e 9%. Margorete Demarchi, engenheira agrônoma da entidade, revela que o processo está adiantado, já que nesse mesmo período da safra anterior nada ainda tinha sido colhido em todo o Estado.

Entretanto, os números parciais não são nada animadores. De acordo com Margorete, as primeiras análises realizadas pelo Deral nas áreas já colhidas, apontam uma produtividade de 28 sacas de soja por hectare, 25% inferior ao potencial estimado antes da colheita. Até o momento, as colheitadeiras já cobriram 127 mil hectares, de um total de área plantada de 4,38 milhões de hectares.

Para o atual ciclo, o Deral estima uma redução da produção de soja no Estado de 24% ou 3,64 milhões de toneladas em relação a safra anterior. Na safra 2010/11 o Paraná alcançou um recorde de 15,31 milhões de toneladas. ”Apesar da redução em 2% da área plantada, a queda ainda é grande”, aponta Margorete.

Milho – A colheita do milho também já começou no Estado. Até o momento, cerca de 9,4 mil hectares de um total de 946 mil de área plantada já foram colhidos. Os municípios de Cascavel e Francisco Beltrão lideram o ranking, com respectivamente 5% e 3% da área. Em todo o Paraná, o Deral estima para o atual ciclo uma produção de 6,05 milhões de toneladas, o que contabiliza uma quebra de 19% referente ao potencial inicial levantado pelo Deral.

Em relação à safra 2010/11, a entidade estima uma quebra de 1%. Margorete aponta que, aparentemente, esse número pode parecer pequeno, mas não é. Isso, explica a pesquisadora, porque houve um aumento em área de 22% no ciclo 2011/12 em relação ao anterior. Nesse contexto, a principal causa do problema foi a diminuição no levantamento da produtividade que era inicialmente de 132 sacas por hectare para 92 sacas. O principal motivo, assegura ela, foi novamente a estiagem que atingiu a cultura. ”Diferente da soja, acredito que os dados numéricos da produção de milho deve melhorar”, acrescenta.

Com relação aos preços dessas duas commodities, Margorete explica que ainda é muito cedo para avaliar uma possível variação nos valores devido à quebra na produção e à baixa qualidade dos grãos.