A empresa Stoller do Brasil lança, após oito anos de pesquisa, o primeiro inoculante para milho e arroz. O Masterfix Gramíneas, similar à inoculação da soja, deve ser utilizado junto às sementes antes do plantio. Resultados de pesquisas indicam que o produto tem potencial para economia de até 50% no uso de nitrogênio químico, além de aumentar a produtividade.
Desde 2003 foram realizados experimentos em campos em diferentes condições edafoclimáticas (relativas à influência dos solos e climas nos seres vivos, em particular nos organismos do reino vegetal), inicialmente em culturas de milho e trigo. Os resultados mostraram que, a inoculação por Azospirillum promoveu um aumento na produção de grãos de milho em cerca de 25% e no trigo cerca de 11%. Esses experimentos permitiram uma apresentação de resultados por pesquisadores da Embrapa Soja na reunião da Rede de Laboratórios (Relare) para a Recomendação, Padronização e Difusão de Tecnologia de Inoculantes Microbianos de Interesse Agrícola, na qual as estirpes foram aprovadas para uso na produção de inoculantes comerciais.
De acordo com a pesquisadora da Embrapa Soja, Mariângela Hungria, o uso de inoculantes no processo de fixação biológica do nitrogênio nas gramíneas deve registrar uma redução de gastos na ordem de US$ 1,5 bilhão ao ano. O Masterfix Gramíneas contém a bactéria Azospirillum brasilense, pesquisada pela Embrapa e selecionada pela Universidade Federal do Paraná, que fixa o nitrogênio do ar e libera amônio nas raízes das gramíneas. Aplicadas no solo com as sementes do arroz e do milho, as bactérias presentes no produto transformam o nitrogênio do ar em forma assimilável pelas plantas. “A cada nova semeadura o agricultor deve aplicar o inoculante, pois a quantidade de bactérias que permanece no solo de uma cultura para outra é insuficiente para se obter aumentos de produtividade”, explica o engenheiro agrônomo e consultor da Stoller do Brasil, Solon de Araújo.
* Com informações da Assessoria de Imprensa