Redação (09/12/2008)- A produção brasileira de grãos registrou em novembro 145,7 milhões de toneladas, resultado 9,4% superior ao obtido em 2007 (133,1 milhões de toneladas). Segundo levantamento divulgado nesta segunda, dia 8, pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o volume é apenas 86,61 mil toneladas superior ao previsto em outubro.
O pequeno acréscimo de 0,1% entre um mês e outro ocorre, principalmente, a reavaliações das culturas de inverno, principalmente o trigo. No que se refere à área de grãos a ser colhida, o aumento previsto é de 4,1% frente a 2007, situando-se em 47,2 milhões de hectares. As culturas investigadas que ocuparam as maiores áreas em 2008 foram a soja (21,3 milhões de hectares), o milho (14,4 milhões de hectares) e o arroz (2,9 milhões de hectares). O somatório das safras destes três produtos representa 89,7% da produção nacional estimada de grãos.
O IBGE também realizou em novembro o segundo prognóstico de área e produção para a safra de 2009, nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste e nos Estados de Rondônia, Maranhão, Piauí e Bahia. A produção de grãos em 2009 está estimada em 140,2 milhões de toneladas, 3,8% menor que a de 2008.
Na comparação entre as previsões de novembro e outubro para a safra de grãos deste ano, destacam-se os acréscimos nas variações das estimativas de produção dos seguintes itens: aveia (3,3%), cevada (2,7%) e trigo em grão (1,5%).
As duas primeiras (aveia e cevada) são decorrentes das reavaliações nos dados do Rio Grande do Sul, onde, devido às condições climáticas favoráveis, houve ajustes no rendimento médio de ambos os produtos (de 5,8% e 5%, respectivamente, atingindo 2,16 mil kg/ha e 2,4 mil kg/ha). No caso do trigo, os dois principais Estados produtores alteraram seus dados: o Paraná reajustou em 1,6% a sua estimativa; e o Rio Grande do Sul, em 1,4%.
Em termos absolutos, a estimativa de produção de grãos está assim distribuída pelas grandes regiões: Sul, 61,2 milhões de toneladas (42,0%); Centro-Oeste, 50,7 milhões de toneladas (34,8%); Sudeste, 17,5 milhões de toneladas (12,1%); Nordeste, 12,4 milhões de toneladas (8,5%); e Norte, 3,8 milhões de toneladas (2,6%).