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Mais soja no mundo

Nova previsão da publicação alemã "Oil World" aponta mais soja na safra 2009/10 no Brasil e Argentina.

Mais soja no mundo

A respeitada publicação alemã “Oil World” elevou ontem suas estimativas para a produção de soja na Argentina e no Brasil nesta safra 2009/10, que em campos do Centro-Oeste brasileiro está em fase inicial de colheita. As elevações estão em linha com as últimas projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e com as mais recentes estimativas oficiais divulgadas nos dois países. De acordo com informações da agência Reuters, o Brasil deverá produzir entre 64 milhões e 65 milhões de toneladas na temporada atual. A projeção é superior ao número que a publicação divulgou em dezembro (63,7 milhões de toneladas) e também está acima do volume de 2008/09 (57,4 milhões).

Para a Argentina, a “Oil World” passou a considerar uma colheita de 51 milhões de toneladas, mais que as 48 milhões projetadas em dezembro e volume bastante superior ao produzido no ciclo 2008/09 (32 milhões), que foi reduzido por uma severa e prolongada estiagem. Recentemente a publicação também elevou sua previsão para a produção dos Estados Unidos em 1,1 milhão de toneladas, para 91,5 milhões em 2009/10 – em fase final de colheita no Hemisfério Norte -, 10,7 milhões de toneladas a mais do que em 2008/09. Para Estados Unidos e Brasil, são volumes recordes de produção. E, caso o clima continua a favorecer o desenvolvimento da safra da América do Sul, a oferta global poderá ser ainda maior, o que, para alguns analistas, tende a pressionar as cotações do lado dos chamados fundamento do mercado. Antonio Sartori, da corretora gaúcha Brasoja, prefere não fazer projeções para as cotações, para prevê que, se o clima continuará a favor, a produção do Rio Grande do Sul, por exemplo, poderá superar a marca de 10 milhões de toneladas. A maior parte da projeções para o Estado ainda está na faixa das 8 milhões de toneladas.

Ele lembra que parte da semeadura gaúcha sofreu atrasos por causa das fortes chuvas e que poderá até haver alguma perda de produtividade em algumas regiões do Estado, mas que, em geral, tudo caminha bem. Sartori ressalva, porém, que ainda é cedo para estimativas mais concretas e que o “mercado de clima” no sul da América do Sul deverá influenciar as cotações internacionais da soja por mais 45 a 60 dias.

Ontem, na bolsa de Chicago, os contratos futuros com vencimento em maio (que ocupam a segunda posição de entrega, normalmente a de maior liquidez) registraram forte queda, de 10 centavos de dólar por bushel, e encerraram a sessão negociados a US$ 9,7025. Com isso, mostram cálculos do Valor Data, a retração acumulada neste ano já chega a 7,46%.