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Mercado da soja

Agricultores seguram vendas à espera de reação no mercado. Fim da colheita e diminuição da demanda ocasionam aumento da oferta.

Mercado da soja

Produtores estão preocupados com a soja colhida entre fevereiro e março. Para uma família, os 700 hectares renderam quase duas mil toneladas, mas apenas 35% foram comercializados antecipadamente. O restante está armazenado em um silo esperando a melhora no mercado.

Muitos agricultores aguardam a reação dos valores pagos pela soja. Em uma cooperativa em Dourados, sul de Mato Grosso do Sul, aproximadamente 21 mil toneladas estão estocadas. O gerente já decidiu, só vai comercializar os grãos depois que o preço voltar a subir. “O frete ainda está um pouco alto, vamos aguardar mais um pouco”, conta Antônio Nishimura.

Em aproximadamente 30 dias, a soja acumula uma desvalorização de 16%. O grão que estava sendo vendido a R$ 45 a saca de Mato Grosso do Sul em março, hoje está custando em média R$ 37.

Por causa dos problemas climáticos, Mato Grosso do Sul produziu quatro milhões e 900 mil sacas de soja, queda de 7% em relação à safra anterior.

O aumento da oferta é por causa do fim da colheita nos grandes estados produtores e a diminuição da demanda nos mercados internacionais. A queda no valor da saca já era esperada pelos especialistas. Para os produtores que venderam apenas uma parcela de grãos antecipadamente, a hora é de planejar a venda para aproveitar o melhor momento.

O economista Leonardo Mussury explica que a safra norte-americana começa a ser plantada em maio e será decisiva no preço da soja no mercado internacional. “São muitas variáveis, mas ainda acredito na relação oferta X demanda. Se acontecer qualquer problema na safra americana, o segundo semestre deve ter mercados melhores da soja”.